Em uma das mensagens, o criminoso manda a foto de uma arma e exige os dados para acessar o sistema do celular. Ele diz que sabe onde a vítima mora e não tem nada a perder.
“Tenho seus dados, endereço, meu
interesse é a conta iCloud remove 11
Pro Max da conta
Tenho nada a perder
Remove Desgraça
Vai ter 10 minutos.”
“Nós percebemos que eles praticavam extorsão contra as vítimas para que elas liberassem as senhas. Eles conseguiam dados das vítimas, dados dos familiares das vítimas. Enviavam mensagens com fotos de armas, dados, expondo aquelas pessoas, ameaçando aquelas pessoas caso elas não liberassem essas senhas”, explicou o delegado Pedro Brasil.
Os agentes saíram para cumprir 43 mandados de prisão, expedidos pela 2ª Vara Especializada do Rio de Janeiro — grande parte dos alvos já havia sido presa anteriormente por crimes como roubo, receptação, estelionato e até tráfico de drogas. Em alguns endereços, equipes foram recebidas a tiros.
Os ladrões agiam no entorno da Central do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro; no Calçadão de Bangu, na Zona Oeste; e no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Para garantir exclusividade no fornecimento, os chefes da quadrilha forneciam armas aos assaltantes e estabeleciam parcerias com traficantes a fim de “autorizar” os roubos em troca de parte dos lucros.
Até a última atualização desta reportagem, mais de 30 pessoas tinham sido presas.